Japão desponta como estrela dos roteiros asiáticos, enquanto o turismo de expedição cresce em ritmo acelerado
Por Aline Andrade
Publicado às 10h
O mapa dos cruzeiros globais está mudando — e o futuro aponta para a Ásia e para os destinos mais remotos do planeta. À medida que a indústria segue em expansão, duas tendências ganham destaque absoluto para 2026: a ascensão da Ásia como novo polo de viagens marítimas e o crescimento exponencial dos cruzeiros de expedição, que unem luxo, ciência e aventura em uma só jornada.
Ásia: Japão em destaque
Após anos de restrições e reestruturação portuária, o Japão vive uma verdadeira redescoberta no turismo marítimo. Com infraestrutura moderna e uma geografia repleta de ilhas, o país se consolida como o principal destino asiático para cruzeiros, atraindo navios das maiores companhias do mundo. Portos como Yokohama, Kobe, Nagasaki e Osaka recebem cada vez mais escalas, impulsionando o turismo regional e diversificando as rotas tradicionais.
Companhias como Princess Cruises, Holland America Line e MSC Cruzeiros ampliaram significativamente suas operações na região, com itinerários que exploram desde as flores de cerejeira na primavera até festivais culturais e paisagens vulcânicas. Além do Japão, Vietnã, Singapura e Tailândia também ganham força, refletindo uma demanda reprimida por destinos exóticos e experiências autênticas no pós-pandemia.
A Ásia se torna, assim, o novo epicentro do turismo de cruzeiros, tanto para viajantes locais quanto internacionais. A região combina portos vibrantes, hospitalidade singular e uma rica diversidade cultural — um conjunto que promete reposicionar o continente como protagonista do setor até 2026.
Expedições em alta: luxo com propósito
Em paralelo, os cruzeiros de expedição vivem um dos crescimentos mais acelerados da indústria — mais de 20% ao ano, segundo a CLIA. São viagens em embarcações menores, muitas com propulsão híbrida e projetos de sustentabilidade avançada, que visitam destinos antes acessíveis apenas a cientistas e exploradores.
De um lado, regiões polares como Antártica, Ártico e Groenlândia seguem como clássicos da categoria, com expedições que combinam observação de fauna, palestras científicas e experiências imersivas. De outro, crescem as rotas para destinos tropicais e remotos, como Kimberley (Austrália), Polinésia Francesa, Galápagos e Costa da África.
Algumas companhias lideram essa revolução, investindo em tecnologia de ponta e experiências educativas a bordo. Em muitos casos, o hóspede participa ativamente da jornada, acompanhando pesquisadores, mergulhando com biólogos marinhos ou visitando comunidades locais com foco em conservação ambiental.
Mais do que luxo, o que se busca é significado. O viajante moderno quer entender o mundo que visita — e deixar um impacto positivo por onde passa.
Um novo capítulo
Com a Ásia em ascensão e as expedições ganhando protagonismo, a indústria de cruzeiros se prepara para uma nova era: mais diversa, mais sustentável e mais conectada com o desejo global por experiências únicas.
Em 2026, os navios não apenas cruzarão mares, mas também fronteiras culturais e ambientais — levando seus passageiros a redescobrir o planeta sob novas perspectivas. A próxima travessia, ao que tudo indica, será tão transformadora quanto o destino.
Tendência: dados do setor
Segundo dados da Organização Mundial do Turismo, as chegadas internacionais no primeiro trimestre de 2025 mostraram variações regionais expressivas, comparando com os dados de 2019. A Ásia e o Pacífico alcançaram 82% dos níveis pré-pandemia, enquanto a África atingiu 96%, as Américas chegaram a 99% e a Europa já recuperou 100% do volume de visitantes. O Oriente Médio se destacou ao superar em 22% os níveis de 2019, sendo a única região com crescimento absoluto em relação ao período pré-Covid.
Os desempenhos regionais têm sido heterogêneos. No primeiro trimestre de 2025, a Ásia e o Pacífico mostraram recuperação mais gradual, com 82% dos níveis de 2019, ainda influenciadas pela reabertura tardia de alguns destinos. Em contraste, o Norte da África registrou aumento de 23% nas chegadas internacionais em relação ao período pré-pandêmico, enquanto a América Central teve crescimento de 8% no mesmo comparativo.
Embarques para a Ásia
Embarque e desembarque: Keelung, Taiwan
Roteiro: Miyakojima / Hirara, Naha, Ishigaki
Saídas em 03 e 15 de dezembro de 2025 e 06 de janeiro de 2026
04 noites
Navio MSC Belissima
Embarque e desembarque: Doha, Catar
Roteiro: Abu Dhabi, Dubai, Mascate (Muscat)
Saídas em 07, 14 e 28 de janeiro de 2027
07 noites
Navio Costa Smeralda
Embarque: Jidá (Jeddah), Arábia Saudita Desembarque: Atenas, Grécia
Roteiro: Aqaba, Safaga, Canal de Suez, Alexandria
Saída em 09 de maio de 2026
08 noites
Navio Crystal Serenity
Embarque e desembarque: Singapura, Singapura
Roteiro sem escalas: Singapura
Saídas em 12 e 26 de outubro e 16 de novembro de 2026
03 noites
Navio Disney Adventure
Embarque e desembarque: Yokohama, Japão
Roteiro: Nagasaki, Jeju, Kobe, Shimizu
Saídas em 03 de outubro de 2027
07 noites
Navio Diamond Princess
Embarque e desembarque: Tóquio, Japão
Roteiro: Shimizu, Osaka, Kagoshima, Nagasaki, Busan, Yeosu, Fukuoka, Estreito de Kanmon, Hiroshima, Kochi
Saída em 28 de fevereiro de 2027
14 noites
Navio Westerdam
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