Burocracia, prejuízo e dor de cabeça: confira as consequências de perder o embarque em um cruzeiro
Por Sofia Kuhlmann
Publicado às 10h
Imagine essa cena: um viajante está em uma escala aproveitando o tempo livre antes do embarque, caminhando sem pressa pelas lojinhas, tirando fotos. Quando percebeu, o horário passou. Ele corre, tenta alcançar o porto para embarcar, mas já é tarde: o navio está se afastando, e ele ficou em terra. A cena pode parecer um pouco absurda, mas acontece com mais frequência do que se imagina, e quando acontece, não tem volta rápida nem solução simples. Ficar para trás em um porto durante um cruzeiro envolve regras claras, procedimentos burocráticos, custos inesperados e, quase sempre, muito estresse.
Entenda o que acontece quando um cruzeirista perde o embarque e o que pode ser feito para evitar contratempos.
Antes de tudo: como evitar ficar para trás?
Para não virar protagonista dessa história trágica, é crucial saber de algumas coisas essenciais e seguir algumas dicas (ou melhor, regras):
- Os cruzeiros têm horários predeterminados para partida de cada porto (“all aboard time” ou hora de todos a bordo) que não são negociáveis!
- Prefira realizar excursões oficiais pela empresa do cruzeiro. Eles controlam e se responsabilizam pelo tempo devidamente.
- Cuidado com fusos ou com desvios de horário. Muitas companhias mantêm o navio num fuso base ou horário oficial independentemente do porto. Se houver confusão, pode achar que tem mais tempo do que realmente tem.
- E programe-se para chegar pelo menos quarenta minutos antes do embarque começar!
E afinal, o que acontece com quem fica para trás?
- Entenda que, se o viajante não estiver de volta ao navio antes do all aboard, ele vai sair. Não é de se esperar que ele fique à espera, pois existem outras complicações como tempo de porto, taxas portuárias, programação com outros portos, necessidades operacionais, tudo isso pesa.
- A responsabilidade é do viajante! Ele vai ter que encontrar uma forma de “correr atrás” do navio, seja pegando um voo ou outro transporte para um próximo porto, para reencontrá-lo. Todos os custos disso geralmente ficam por conta do cruzeirista.
- Se foi deixado para trás documentos essenciais, medicação ou objetos de valor no navio, pode haver complicações. Algumas companhias colocam esses itens sob responsabilidade de agentes de porto, que podem guardá-los até que você possa buscá-los, mas é recomendável que você entre em contato com a companhia para estar a par de quais medidas serão tomadas.
- Para o viajante que estiver em um porto estrangeiro, pode haver requisitos de visto ou permanência legal. Se o documento estiver em poder do navio ou se você não tiver autorização para permanecer no local, isso exigirá intervenções consulares ou legais. Por isso, esteja sempre com seus principais documentos em mãos quando estiver fora do navio.
- Caso tenha contratado seguro viagem para cruzeiros, você poderá ter algum reembolso ou apoio, mas é preciso verificar as condições da apólice antecipadamente.
- Existe um medo de haver algum tipo de multa pelo atraso ou algo assim por parte da companhia, porém isso não procede, a menos que haja descumprimento grave de regras do contrato de cruzeirista. Mas o prejuízo financeiro e emocional pode ser grande!
Ficar para trás em um porto não é só uma dor de cabeça momentânea, pode transformar o que deveria ser férias relaxantes numa saga logística, te fazendo arcar com custos extras, lidar com documentos, comunicação, além de perder dias de viagem e passeios. Mas tudo isso pode ser evitado com planejamento e organização. Porque, no fim das contas, a melhor memória de um cruzeiro com certeza não é ver ele partindo sem você!
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