Accor e Chantiers de l’Atlantique trazem o luxo dos trens para alto mar, resgatando a Era de Ouro da Riviera Francesa
Por Fernanda Corrêa
O lendário encanto dos trens de luxo Orient Express se estenderá para os mares, com a inauguração do maior veleiro do mundo, o Orient Express Silenseas. O empreendimento é resultado de uma parceria francesa entre o líder mundial em hotelaria Accor e a Chantiers de l’Atlantique, empresa de construção naval global. O iate à vela navegará em 2026, e outro já está encomendado.
O conceito do iate nasceu nos escritórios de design da construtora, em 2018. Segundo o diretor da Chantiers, Laurent Castaing, “será o que há de melhor de nosso savoir-faire nos campos da arquitetura naval”. O projeto prevê cascos sofisticados, design de espaços luxuosos, bem como a instalação de um revolucionário sistema de propulsão eólica com três velas SolidSail medindo 1.500 metros quadrados cada uma. Apresenta, ainda, um sistema de propulsão híbrido movido a gás natural liquefeito (GNL). “O Silenseas vai se tornar, assim, o navio de referência em termos de operação e design ecológicos”, completa Laurent.
“Com o Orient Express Silenseas, estamos iniciando um novo capítulo em nossa história, levando a experiência e a excelência das viagens de luxo para os mares mais bonitos do mundo. Este excepcional iate à vela, com raízes na história do Orient Express, oferecerá serviços incomparáveis e espaços de design refinado, que remete à era de ouro dos cruzeiros míticos. A inovação está no coração deste navio ultramoderno que revolucionará o mundo marítimo com novas tecnologias para enfrentar os desafios atuais de sustentabilidade. É um barco projetado para transformar sonhos em realidade, uma vitrine do melhor savoir-faire francês.” Sébastien Bazin, presidente e CEO da Accor.
Inspiração dos trens Orient Express veio do mar
Em 1867, Georges Nagelmackers embarcou em navios transatlânticos que ligavam a Europa à América e partiu em uma jornada de descoberta para os Estados Unidos. Fascinado pela imponência destes enormes barcos, o fundador dos comboios Orient Express explorou as luxuosas suítes dos viajantes e experimentou a cena social dos restaurantes e o ambiente único dos salões, bibliotecas e locais de entretenimento. Essa experiência de viagem marítima inspiraria o então lançamento, em 1883, de seu agora lendário trem, o Expresso do Oriente.
Dimensões do super-iate
O navio de cruzeiro celebrará a arte de viajar “à la Orient Express”, onde luxo e conforto tem prioridade. Com 220 metros de comprimento e 22.300 de tonelagem bruta, o Orient Express Silenseas contará com 54 suítes medindo, em média, 70 metros quadrados cada. A Suíte Presidencial, de 1.415 metros quadrados, possui uma área de suíte privativa com 530 metros quadrados. Traz ainda duas piscinas, incluindo uma piscina olímpica, dois restaurantes e um bar speakeasy.
Orient Express Silenseas recria a Era de Ouro da Riviera Francesa
Inspirado na Era de Ouro da Riviera Francesa, o Orient Express Silenseas ecoará a era gloriosa em que escritores, artistas, pintores, princesas e estrelas de cinema passavam um tempo entre Mônaco, as praias de Saint-Tropez, Cap d’Antibes e a famosa Cannes.
Convidará os hóspedes a vivenciarem espetáculos no seu Anfiteatro-Cabaret e num estúdio de gravação privado, um espaço para novas vozes. A experiência de viagem guiada pelos ventos contará ainda com tratamentos de spa, sessões de meditação e paradas para descobrir tesouros culturais que, segundo a companhia, permitirão aos hóspedes se desconectar completamente da realidade e parar o tempo.
Sistema de velas do iate
Baseado na experiência de especialistas em corridas oceânicas, o Orient Express Silenseas navegará com um revolucionário design tecnológico conhecido como SolidSail: três velas rígidas com uma área de superfície individual de 1.500 metros. Elas são içadas em uma plataforma balestron, com três mastros basculantes medindo mais de 100 metros de altura, capaz de garantir até 100% da propulsão do iate em condições climáticas adequadas. Sua fórmula de propulsão híbrida combinará energia eólica com um motor de última geração movido a gás natural liquefeito (GNL), tendo ainda capacidade para usar hidrogênio verde quando a tecnologia for aprovada para navios de passageiros oceânicos.
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