O que dizem órgãos nacionais e internacionais de saúde e as companhias marítimas sobre protocolos contra covid-19 em cruzeiros
Por Luísa Medeiros
Depois de meses de incertezas e perdas em função da pandemia de covid-19, é tempo de fazer o seu cruzeiro em segurança. Com o controle da disseminação da doença e a baixa do número de vítimas fatais, as companhias marítimas têm retirado, gradualmente, as restrições de embarque e para a vida a bordo. É claro que alguns cuidados ainda são necessários, especialmente estar atento aos primeiros sintomas para testagem e possível isolamento. No entanto, já se pode comemorar uma certa normalidade das viagens de cruzeiro.
Em julho, o CDC, órgão internacional que regulamenta as normas de saúde pública no mundo, informou que o programa de contenção de covid para navios de cruzeiro estava oficialmente encerrado. A partir dessa decisão, as normas estariam nas mãos de órgãos de saúde locais e das próprias companhias marítimas.
No final de setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou que viajantes poderão optar por apresentar o comprovante de vacinação ou um resultado de teste laboratorial do tipo rápido (RT-PCR) até o dia anterior do embarque, além de liberar o uso de máscaras de proteção e do distanciamento social a bordo.
Já a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA) informou em outubro que, para a temporada brasileira, além da obrigatoriedade de seguro marítimo para todos os viajantes, será obrigatória a apresentação de teste negativo feito até 24 horas antes do embarque para cruzeiros a partir de seis noites. Nas viagens menores, os cruzeiristas poderão optar pelo teste ou comprovante de vacinação. A Associação também liberou a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção e o distanciamento social, porém segue recomendando essas práticas.
Veja quais as diretrizes das principais companhias marítimas (atualizado em 31 de outubro de 2022). Se alguma dúvida persistir, consulte seu agente de viagens.
Holland anuncia fim das restrições
A Holland America Line anunciou neste final de outubro, o fim das restrições em navios de cruzeiro da companhia. Testes e comprovação de vacina não serão mais exigidos para embarque. Os hóspedes devem estar atentos, no entanto, às regras específicas dos portos que seu cruzeiro irá visitar. Os detalhes podem ser conferidos aqui.
Exigências da MSC Cruzeiros
Para realização de cruzeiros na América do Sul e MSC Grand Voyages (com destino ou saindo do Brasil) é necessária uma apólice de seguro viagem específica com cobertura obrigatória para covid-19. Para cruzeiros internacionais, o seguro viagem não é obrigatório para o embarque, porém fortemente recomendado.
Em seu site, a MSC informa que irá seguir as orientações acordadas com a CLIA para viagens da temporada 2022/2023 na América do Sul.
As regras da Costa Cruzeiros
Para a temporada brasileira e América do Sul, a Costa irá seguir as premissas da CLIA, com seguro obrigatório, teste ou comprovação de vacina para cruzeiros de até cinco noites e teste obrigatório para viagens de seis noites ou mais.
Já para outros embarques internacionais, hóspedes vacinados não precisarão mais de testagem prévia, com exceção de navios com escalas na Grécia. O seguro contra covid também deixa de ser obrigatório. Para cruzeiros transatlânticos e volta ao mundo, passageiros maiores de 18 anos não imunizados não podem embarcar.
O que determina a Carnival
Para cruzeiros de até 15 noites, a Carnival determina que vacinas e testes não são obrigatórios. Já para viagens de mais de 16 noites, é necessário apresentar um teste negativo feito até três dias antes do embarque, mesmo para pessoas já vacinadas. Para pessoas não vacinadas, vai ser exigido teste negativo para cruzeiros de qualquer duração.
Sem restrições na Norwegian
A companhia informou, no início de outubro, que retirou todo e qualquer protocolo (testes, máscaras e exigência de vacinação) dos navios da frota. A única exceção é quando as autoridades de saúde locais dos portos de parada exigem alguma documentação específica – a lista pode ser conferida aqui.
Silversea tem regras específicas
Para cruzeiros partindo de portos americanos, de Porto Rico ou do Canadá, a companhia irá exigir comprovante de vacinação para hóspedes com 12 anos ou mais. Alguns portos específicos (a lista pode ser vista aqui) podem exigir, ainda, teste negativo para paradas. Para cruzeiros partindo da Europa, a Silversea informa que será solicitado comprovante de vacinação para viajantes a partir de 12 anos e teste negativo recolhido até 11 dias antes do embarque.
As normas da Royal Caribbean
A vacina contra covid-19 não é obrigatória para navegar com a Royal Caribbean, porém há algumas exceções:
Nos cruzeiros que partem da América do Norte, Caribe e Europa e que possuem até nove noites, os hóspedes vacinados não precisam de teste negativo – já para cruzeiros maiores, a partir de 10 noites, mesmo com o comprovante de vacina é preciso um teste negativo realizado até três dias antes de embarcar. Viajantes não vacinados, independente da duração do cruzeiro, precisam de teste negativo para embarque. Para cruzeiros que visitam as Bermudas é obrigatória apresentação de teste negativo, independente de esquema vacinal completo ou não.
Para cruzeiros australianos, independente do status vacinal, é exigido um teste negativo para covid-19 até 48 horas antes do embarque para todos os hóspedes a partir dos dois anos de idade. Para transatlânticos, a companhia exige teste negativo colhido até dois dias antes do embarque para todos os hóspedes a partir de 5 anos.
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