Temporada brasileira de cruzeiros 2022/2023 será a maior em 10 anos

Com oferta de leitos 47% maior que a temporada pré-pandemia, indústria de cruzeiros deve injetar R$ 3,8 bilhões na economia do país

Depois de um longo período de incertezas, a temporada brasileira de cruzeiros 2022/2023 deve ser a maior em 10 anos. O cenário é otimista tanto na ampliação da oferta de navios e leitos disponíveis para hospedagem, como no impacto econômico para o país. Com a confirmação da vinda de mais uma embarcação de cabotagem, ou seja, com navegação entre portos do mesmo país, a oferta no número de leitos ampliou para 780 mil, uma alta de 47% em comparação aos 530 mil leitos de 2019/2020. Os números foram divulgados pela CLIA Brasil, Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos.

A expectativa é que sejam criados 48 mil empregos no país, além de gerar um impacto de R$ 3,8 bilhões na economia nacional. A receita inclui os investimentos das armadoras, além do consumo de cruzeiristas e tripulantes nas cidades portuárias de embarque e desembarque, bem como nas localidades visitadas durante os roteiros. O movimento beneficiará o comércio varejista, com compras de produtos locais, alimentos e bebidas – além de impactar o setor de transportes, fornecedores de passeios turísticos e hotelaria, considerando que muitos viajantes estendem a estadia nas cidades de embarque, antes ou depois do cruzeiro.

Com a chegada do MSC Preziosa agora serão nove navios dedicados exclusivamente a embarques nos portos brasileiros. Além deste navio, a frota da MSC Cruzeiros será composta pelo MSC Armonia, MSC Musica, MSC Fantasia, MSC Seashore e MSC Seaview, enquanto a Costa Cruzeiros terá o Costa Firenze, Costa Fortuna e Costa Favolosa. Os embarques acontecem a partir dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Santos (SP), percorrendo 184 roteiros com 724 escalas em 17 destinos, incluindo visitas a Buenos Aires (Argentina), além de Montevidéu e Punta del Este, no Uruguai.

Brasil na rota de companhias globais

Outro fato importante na temporada é a volta do Brasil à rota de importantes companhias marítimas globais. Entre 07 de outubro de 2022 e 17 de maio de 2023, outros 36 navios de longo curso farão 309 paradas em 45 destinos, localizados em 15 estados brasileiros; entre eles, Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, reforçando o impacto positivo na economia nacional.

“O setor estava em crescimento antes da pandemia. Agora, temos uma temporada de grande recuperação e retorno para a curva ascendente na qual estávamos, com nove navios de cabotagem que embarcarão milhares de brasileiros, além dos 36 de longo curso que não vinham para cá desde a temporada 2019/2020 e que vão trazer estrangeiros para o nosso país”, disse Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil. “Comemoramos esse momento, sempre reforçando que a saúde e a segurança dos hóspedes, tripulantes e das cidades visitadas, a proteção do meio ambiente e o compliance sempre serão uma prioridade para a nossa indústria”, completou.

“O Ministério do Turismo está muito animado com a próxima temporada de cruzeiros que confirmará, em definitivo, a importância deste segmento para a geração de renda, criação de novos postos de trabalho e recuperação econômica em nosso país. Temos trabalhado diuturnamente para possibilitar que, frente a todo o nosso potencial no campo do turismo náutico, possamos receber cruzeiros de maneira perene ao longo de todo o ano”, afirmou o ministro do turismo, Carlos Brito.

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